
pra ver outras janelas trancadas
cantava todas as noites
pra outros ouvidos surdos
e buscava seu consolo
em bocas mudas
estava trancafiada
em uma cela aberta
onde a liberdade a prendia
talvez se prender era o que a poria livre
se prender em algum motivo
em algum sentido
em algum lugar
ou até mesmo a um alguém
ela não tinha ninguém
apenas o vento, no alto de sua torre
ela só tinha um amor de papel
que ela rasgava e reescrevia
mas ele continuava sendo somente...
um amor de papel.
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